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Um dia, já adulta, no momento certo, alguém me disse: “Tu Bastas!”. Eu olhei com ar espantado para a pessoa e respondi: “A sério!?”. Respirei como que a digerir aquela verdade e respondi: “então a partir de hoje posso ser verdadeiramente feliz!”. A visão que tive foi milhões de caminhos a abrirem-se: afinal podia fazer e ser tudo o que quisesse!

E naquele exato momento, para além daquela sensação de liberdade que me atingiu de uma forma como nunca antes sentida, percebi que, como mãe, a maior herança que podia deixar aos meus filhos era esta – uma autoestima saudável. Não importa o que és. Não importa o que fazes. És perfeito tal como és. Tu bastas!

E se não fosse preciso fazer nada, ter nada, ser nada para sermos aceites e amados? E como seria o relacionamento com os nossos filhos se utilizássemos esta premissa? E que adultos seríamos se tivessem utilizado connosco (em criança) esta premissa?

Não importa o que tenho. Não importa o que faço. Sinto-me bem tal como sou. Eu sou perfeito como sou.

Como seria o mundo se cada um de nós tivesse esta afirmação bem instalada no seu coração?

E como exerceríamos parentalidade? 

Como nos sentimos quando os nossos filhos não correspondem às expetativas que criámos sobre o que eles deviam ter ou fazer? Colocamos em causa o nosso valor? Colocamos em causa os deles?

“Se tiveres boas notas… “

“Se ficares quietinho à mesa…”

” Se te portares bem…”

“O João come a papinha toda e tu não”

“A Raquel teve melhor nota do que tu”

“A Maria conseguiu ter um bom desempenho e tu não?” 

“É sempre a mesma porcaria, só fazes asneiras”

“Estou farto de te dizer como se faz”

Muito facilmente estes comentários que comparam, menosprezam, desvalorizam saem, sem dar conta, da nossa boca e minam a sua autoestima – a semente da felicidade.

A maternidade trouxe-me um processo de autoconhecimento diário. Tudo em busca de Amor Incondicional. Mas às vezes é difícil. Às vezes quero que eles sejam o que não fui. Quero ser alguém através deles. São momentos de inconsciência mas depois desperto e percebo: eles não têm que ser nada, eles já São!

O primeiro passo para educar crianças felizes é trabalharmos a nossa autoestima para não precisarmos dos nossos filhos para mostrar quão somos especiais. 

Uma boa autoestima é o alicerce de tudo o que fazemos, de tudo o que somos. E começa a ser cultivada desde tenra idade. A forma como nós, pais, nos comportamos e comunicamos com os nossos filhos é o adubo que a vai fazer crescer ou não.

Crianças com uma autoestima saudável podem ficar tristes por terem más notas, por se chatearem com um amigo, por não pertencerem ao grupo mas não ficam ansiosas pelo seu desempenho escolar, não precisam de comportamentos agressivos para provar seja o que for ao amigo, não sofrem de bullying porque sabem colocar limites, …  porque sabem que, independentemente do que lhes acontece, fazem ou conseguem têm valor.

E isto não acaba por aqui, não, tem repercussões futuras: crianças com uma autoestima saudável em adultos podem ficar tristes por não conseguirem aquela promoção, por determinada relação amorosa terminar, por não atingirem a meta a que se propuseram mas não precisam de fugas, adições, máscaras para deixar de sentir porque sabem que, independentemente do que lhes acontece, fazem ou conseguem têm valor.

Crianças com uma autoestima saudável são crianças e futuros adultos verdadeiramente FELIZES!

Gostavas de ajudar o teu filho a sentir-se assim?

Caso queiras saber mais sobre este assunto então envia-me um email para carlapatrocinio33@gmail.com e requisita uma sessão introdutória de 1H comigo via skype ou telefone para conversarmos sobre isso.

Um abraço apertado da tua Coach Parental,

Carla Patrocínio