O meu filho está ansioso, desatento, teimoso, agitado, desafiante.
Posso culpá-lo ou olhar para mim. Posso dizer “tens que ser menos ansioso” ou ir à procura de respostas concretas de forma a ajudá-lo. Posso pôr-me com sermões ou escutá-lo de verdade para desvendar a causa. Posso julgá-lo, rotulá-lo, menorizá-lo ou aprender a comunicar de uma forma mais empática para não debilitar a sua autoestima. Posso também ficar ansiosa ou abraça-lo. E as escolhas não têm fim…
Às vezes estamos tão imersos na nossa dor, com tanto medo do que possa acontecer, tão agarrados ao nosso manual de instruções de como educar, tão apegados aos nossos padrões familiares passados, que nos esquecemos que podemos ESCOLHER qual a reação mais adequada face aos desafios que os nossos filhos nos colocam. Sim, podemos escolher!
Eu escolhi ir à procura de respostas mais conscientes e amorosas para ajudar o meu filho. Quando o meu filho foi diagnosticado com Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção eu podia ter escolhido um caminho mais fácil mas em vez disso optei por outro – o do amor incondicional. Não o pratico sempre, é certo, mas faço “tripas coração” para que isso aconteça a maior parte das vezes. Mas deu (dá) trabalho, foi (é) preciso persistência, paciência e disciplina mas foi esta a minha escolha. Eu optei por desaprender, sair do meu pedestal, olhar para mim sem medo do que por ai vinha. Realmente é preciso coragem: o caminho não é em linha reta e cheio de cenários bonitos, não. Existem várias encruzilhadas, estradas tortuosas, tempestades e tufões mas se a tua escolha for a do amor incondicional posso garantir-te – não existe viagem mais bonita e libertadora. Porque algures nesta jornada descobres o amor verdadeiro por ti – aquele amor que não se abala se não tiveres o trabalho, a casa, o carro, a viagem que queres, aquele amor que não depende do que tens ou fazes. Aquele amor que ninguém te pode tirar. Aquele amor que te ama por aquilo que és. E quando descobres este tesouro – ai sim, podes sim amar incondicionalmente (mais vezes) o teu filho.
O meu filho podia ser o meu mestre ou o meu pior pesadelo. Eu escolhi que a primeira opção. Não vou mentir. Existiram momentos em que duvidei, questionei, chorei, desconfiei. Nesses momentos de confusão mental escolhi sempre parar e ouvir o meu coração, o meu instinto, a minha intuição, como quiseres chamar.
Poderia ter preferido outra resposta – uma mais simples, fácil, rápida – mas teria perdido tanto de mim. E tanto dele.
Porque os meus filhos são os meus mestres e os teus também – se assim o escolheres.
O que te quero dizer é que és livre. És livre para escolher que tipo de mãe/pai queres ser. Não encontres mais desculpas, não visualizes mais becos sem saída, não te habitues à relação em constante conflito, não te condiciones com obstáculos que não são senão criados pela tua mente, não desacredites do amor sem condições – existe sempre uma escolha. Não existe nenhuma prisão.
Se o teu filho te desafia, te irrita, te “mexe com as entranhas”, te faz sentir culpada, triste, zangada pela mãe/pai que estás a ser, está na altura de escolheres: que caminho quero fazer? Porque tu podes escolher! És livre para o fazer.
Qual vai ser a tua escolha?
É que a tua escolha de hoje vai ditar o amanhã do teu filho: que tipo de adulto essa criança – o teu filho – será.
Eu quando percebi isto senti de imediato que não existia escolha possível.
#tupodesescolher
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Um abraço apertado da tua Coach Parental,
Carla Patrocínio